Reflexões e Mensagens

Reflexões sobre hipertexto



O texto linear é estático. Já no hipertexto, cada leitor, através de links, pode explorar da forma que melhor lhe convier um texto. O hipertexto traz múltiplas maneiras de leitura com a presença de sons, movimentos, transformações, imagens, mudanças.
Aqui, o processo passa por várias transformações. Já não é mais dada a mesma interpretação sobre um texto. Já não é mais possível escrevê-lo de uma única forma. A heterogeneidade é constante tanto na escrita quanto na leitura. O “navegante” tem a possibilidade de ver o mundo sob um novo olhar, uma nova expectativa. Agora, o caminho é amplo e o aprendizado, profundo.
O modo com que ensinamos, para as pessoas que estão, como nós, acostumadas ao estático, a princípio o novo se torna confuso e perturbador. Mas, ao abrir os olhos nas  profundezes e deparar com a diversidade de espécies à frente, percebe-se que navegar é preciso. Portanto, o modo como ensinamos e aprendemos é modificado sempre que nos abrimos ao novo e não temos medo das aventuras constantes. 


Roda moinho


“Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu, a gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu?...”
Não é de hoje que os moinhos alimentam sonhos e encantamentos. Inspiração de Dom Quixote, os moinhos trabalham com a força do vento. O mesmo vento que leva e traz grandes informações e avanços. Precisamos ouvir as vozes dele, as mudanças que ele nos mostra.
Há ainda muitos lugares que nem foram tocados pelos ventos tecnológicos, não conhecem seus rumos e nem sequer sabem como e quando chegam. E aí, a educação nestes lugares estanca?  Para que a amplitude tecnológica se efetue é necessário uma política séria, que sabe bem onde quer chegar. Nada de aprofundar os vocábulos e reafirmar que estamos na era digital, ou quem sabe enumerar os avanços tecnológicos. A educação precisa perpassar por calmarias para rumar no conhecimento da verdade. Não cabe mais achismos, teorias. É preciso nortear nossos conhecimentos e levar a informatização para a sala de aula de forma madura e criativa. Precisamos sair deste “mundinho fechado”.  “O tempo rodou num instante”, mas a sala de aula – muitas vezes – prefere viver o saudosismo dos anos dourados a abraçar conscientemente as mudanças de um mundo que cresceu.
Formar para vida é informar sem medo de se aventurar, pois só tem medo de viver as mudanças quem não vive. Muitas vezes nos sentimos recuados diante de tantas mudanças, embora sejam elas que nos fazem crescer e tomar “mares nunca dantes navegados”.
Certamente Lobato concordaria com minha inclusão: “Um país se faz com homens, livros” e tecnologia ao alcance de todos. Pena que ainda não temos homens que pensam nos homens, pois talvez assim teríamos todos ao alcance da tecnologia.
Se é assim com a vida, por que seria diferente com a educação? É nessa contante onda que temos que aprender a navegar. Por isso,  devemos dar braçadas para jamais o barco afundar.

Bússola

Na busca incansável da realidade
encontramos hiper novidades
mas nem sempre desviamos os olhos
do linear da realidade.

O caminhar na mesma direção
nos conduz àquilo que enxergamos
nada de mergulhar nas águas
que nunca, jamais navegamos.

Porém, ignorar os hiper
Com medo de não saber voltar?
Se um marinheiro não se aventura
jamais poderá viver no mar.

Foi desta forma pensando
que navegadores antigos afirmavam
navegar é preciso, companheiro
e assim além mar conquistavam.

Um dia, sabiamente os chineses
uma bússola inventaram
estava acabado o tormento
daqueles que não aventuravam.

Hoje, esta bússola é uma seta
que  permite ir nas profundezas
lá encontramos espécies variadas
de encantos e pura beleza.

Mas para que este encontro aconteça
muita atenção devemos ter
pois ao desviarmos da rota
podemos no mar nos perder.

Mesmo com bússola e mapa
o marinheiro pode falhar
embora seja experiente
se perde com a beleza do mar.

Com a experiência que tenho
vejo que não pode faltar
material necessário
para poder navegar.

Mas de tudo que percebi
a bússola é essencial
pois o mar é traiçoeiro
e podemos perder o ideal.

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